• 17 outubro, 2021

Anúncio mentiroso prejudica o e-commerce

Anúncios e remoções tornaram-se uma imensa preocupação para as plataformas. A popularização das vendas online tem impulsionado também o número de sites voltados para o comércio virtual. Os e-commerces estão ganhando cada vez mais adeptos e os marketplaces, locais onde vários fornecedores, formais ou não, podem vender seus produtos estão em alta. Publicar um anúncio é rápido, fácil e eficaz, mas, com ele, vêm também outras perguntas: como remover anúncios dessas plataformas? 

E antes: como denunciar links que contêm produtos irregulares? Essas perguntas são muito feitas por empresas que sofrem, entre outras coisas, com a falsificação de seus produtos. Identificada a pirataria ou o trabalho de criminosos que agem com contrabando ou descaminho, vem essa preocupação: como agir para combater essas ações? 

Essa é uma questão delicada e que será respondida com algumas dicas nesse texto, mas antes, é importante entender esse cenário.  

Com a pandemia, o e-commerce no Brasil teve uma surpreendente expansão, totalizando quase 1,59 milhão de lojas online, 22,05% a mais do que em 2020, quando o comércio digital saltou 40%.

Isso indica que, no último ano, 789 novas lojas online foram criadas por dia no Brasil e com elas anúncios fraudulentos apareceram. Eles devem ser retirados rapidamente da plataforma, pois é a única opção para proteger sua marca.

Comercio varejista online explode em 2021

Em 2021, o comércio online chega a 1,59 milhão de sites, número que representa 6% do varejo brasileiro, de acordo com dados levantados por pesquisa do PayPal e da BigData Corp.

De acordo com a 7ª edição  da pesquisa O Perfil do E-commerce Brasileiro 2021, encomendado pelo PayPal Brasil à BigData Corp, ainda há espaço para o crescimento do comércio virtual no país, pois apenas 6,19% do varejo brasileiro faz vendas online. A pesquisa mostrou também que mais de 80% do e-commerce usa algum tipo de plataforma para vender.

O e-commerce brasileiro segue com 60,37% que utilizam meios eletrônicos de pagamento. Há sete anos, 60% não aceitavam carteiras virtuais. Note como houve uma severa mudança comportamental do consumidor quanto ao método de pagamento.

Mapeamento

Sabendo que são centenas de milhares as possibilidades de encontrar produtos à venda, a busca pela mercadoria desejada deve ser minuciosa. Para as empresas, a situação é a mesma. Marcas que sofrem com produtos piratas ou desviados à venda online têm um trabalho enorme para encontrar os criminosos. E mais ainda para banir essa prática e proteger suas mercadorias e seus clientes. Ou, pelo menos, tinham. 

Em 2021, o comércio online chega a 1,59 milhão de sites, número que representa 6% do varejo brasileiro, de acordo com dados levantados por pesquisa do PayPal e da BigDataCorp.. É possível fazer o mapeamento manual, mas não é algo funcional. 

  • No cenário dos 20 principais marketplaces do Brasil, 372 mil empresas únicas estão vendendo em algum dos sites. Desses, 44,80% têm presença no marketplace e em site próprio.
  • De todos os estabelecimentos brasileiros mapeados, 8% dos mercados e supermercados, 12% dos restaurantes e 11% das farmácias estão em algum aplicativo de delivery.
  • São 83,43% que representam pequenos sites de e-commerce com até 10 mil visitas mensais visitas; Com 6,62% são de grandes sites, com mais de meio milhão de visitas mensais. Os restantes com 9,92% recebem entre 10 mil e meio milhão de visitas por mês e representam o maior crescimento de share em 2021.

Como denunciar anúncios desses links? 

Para as empresas que já diagnosticaram o problema de falsificação, contrabando ou descaminho com seus produtos, o primeiro passo é saber como denunciar os links antes de saber como remover anúncios dos marketplaces onde estão. 

No entanto, dentro desse processo, é necessário identificar qual é o tipo de infração cometido – e são muitas opções. Também é preciso estar certo de qual tipo de propriedade intelectual está sendo violada. 

Depois, colete todas as informações sobre o anúncio. É importante, porém, que alguns critérios sejam seguidos: 

  • Nome da marca prejudicada 
  • Informações sobre o vendedor (disponíveis) 
  • Informações sobre o produto (disponíveis) 
  • Quais as infrações do anúncio 
  • URL do anúncio  
  • Números de registro da marca (propriedades intelectuais) 

Com tudo isso em mãos, vem a parte mais óbvia: vá ao espaço de denúncia. Normalmente, todos marketplaces têm essa página como “denunciar”.  

Depois de inseridas todas as informações de sua reclamação, os sites têm obrigação de dar um retorno. O tempo de resposta varia.  

O mesmo processo vale para denunciar falsificações e irregularidades no Facebook. Assim, todas as informações listadas acima devem estar na denúncia da rede social também.  

Aprendendo a remover anúncios prejudiciais

Estima-se que um time interno da empresa, com um funcionário com total conhecimento do mercado, conseguiria encontrar uma média de 120 anúncios diariamente. 

É possível, então, automatizar esse trabalho e economizar cerca de 80% do tempo de um funcionário humano.  

A automatização se dá por meio do machine learning. Entenda: 

1º Identificação: a empresa que está sofrendo com a pirataria ou quer evitar ser a nova vítima identifica produtos ou marcas que podem ser alvo de falsificação.  

2º Varredura: o sistema consegue, nesse processo, identificar anúncios de produtos piratas com base nos indicadores pré-configurados.   

3º Remoção: uma vez identificado e comprovado como produto falsificado, o anúncio é bloqueado e o link removido automaticamente do local onde está anunciado usando regras de automação. 

As mídias sociais representam 69% das lojas online

O YouTube fica atrás apenas do Facebook, usado por 53,96% dos comércios eletrônicos. São 45,82% das lojas online que usam as redes sociais.

Remoção de anúncios fraudulentos do Facebook

O Facebook é um forte concorrente para o Mercado Livre e OLX. Por isso, preocupações com anúncios falsos devem permanecer distante para que não envolva a sua marca.


Como faço para achar anúncios infratores


Os anúncios são disponíveis via busca e deve-se considerar os seguintes itens: região, categoria e preços.

A plataforma conta com um formulário de denúncias em caso de violações contra a sua marca. Será de sua responsabilidade informar as URLs dos anúncios e sobre os vendedores infratores.



Passos a serem seguidos para denunciar

Será informado no começo sobre os cuidados que deve ter em executar uma denúncia falsa ou errada. Em seguida irá colocar os seguintes dados:

  • Seu nome ou da empresa representada;
  • Seu cargo;
  • Nome do detentor da marca;
  • A quem pertence a marca;
  • Dados para contato;
  • Link oficial da sua presença digital.

O anunciante infrator receberá todos os dados coletados sobre a denúncia.

A ficha pedirá as suas informações sobre a marca registrada.

Mantenha separado: O registro de marca comercial; onde a marca está registrada; qual a categoria em que ela está inserida; local em que a marca está registrada e mais a URL do registro e a cópia do certificado de registro.


As primeiras opções constam em denunciar o perfil do vendedor e o anúncio. Precisará da publicação, do vídeo ou foto. Além, de uma página ou o perfil inteiro.

Desta maneira, estará sob pena de perjúrio, sobre a veracidade das informações de contato e de que você é um autêntico agente autorizado a efetuar as denúncias ou se é de fato o detentor dos direitos da marca.

Após o processo, o Facebook analisará os fatos e assim, poderá decidir pela remoção do classificado ou sobre o encerramento da conta infratora.  

Maiores marketplaces do Brasil em 2021

1 – Mercado Livre – mais valioso da América Latina e o site mais procurado e reconhecido do Brasil com mais de 300 milhões de usuários registrados.


2 – Shopee –maior crescimento em cadastros de novos vendedores e realiza periodicamente altos investimentos em tecnologia e em campanhas publicitárias nas redes sociais e grandes mídias brasileiras.


3. Amazon –  referência em e-commerce e uma das gigantes mundiais.

4. Magazine Luiza – incorporou o marketplace da Netshoes e possui 50% do faturamento com seu e-commerce.

As operações da companhia podem ser subdivididas em tres sites distintos. São eles: Maganizeluiza, Netshoes e Zattini.

5. Via Varejo 

O grupo é um dos maiores varejistas do país. Os sites pertencentes da empresa e que contém mais acessos são:

CasasBahia, Extra, Loja HP e PontoFrio.

6. B2W 
O grupo B2W é formado pelos sites: Americanas; Submarino e Shoptime. Somados detem mais de 1 milhão de SKUs. 

7. Global Fashion Group (GFG)

O grupo ficou conhecido pelos e-commerces pertencentes a ele. Dafiti, Tricae e Kanui.

8. AliExpress 

Marketplace chinês que investiu no mercado online brasileiro e obteve cerca de 43 milhões de visitas. Inova com tendências do e-commerce realizando lives agendadas com transmissão ao vivo; com produtos atraentes via preços baixos e oferece oportunidade ao vendedor de trabalhar branding.

9. Centauro 

Conhecida pelas lojas físicas possui também o seu marketplace. Em 2020, tornou-se distribuidora exclusiva da Nike.

10. OLX  

Um dos mais conhecidos marketplaces no Brasil. Em 2019, a receita líquida da OLX foi de R$ 360 milhões.

Também temos:

Elo7: principal plataforma comercial de produtos autorais da América Latina;

Carrefour: rede francesa queconta com mais de 25 milhões de acessos por mês.

Madeira Madeira: famosa por estar entre as maiores do ramo e por ganhar o 16° “unicórnio brasileiro”.






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